Em uma piscina, há mais pessoas querendo se divertir ou querendo aprender a nadar? Para a surpresa de muitos gestores de academias, pelo menos 97% das pessoas que se propõe à prática de exercícios querem conquistar o bem-estar por meio da diversão. Pensando nisso, o mercado fitness tem proposto uma série de iniciativas que promovam uma verdadeira “reinvenção” do conceito de academias. Aulas diferenciadas, mais divertidas e descontraídas que atraiam e fidelizem os alunos por mais tempo.
Tiago Paçoca, idealizador do projeto “Educação e Picadeiro”, é um dos profissionais que identificou esta necessidade há algum tempo. Formado em Educação Física e atual vice-presidente da ABRE (Associação Brasileira de Recreadores), ele acredita que a maior parte das academias continua focada em saúde e estética esquecendo que o público que frequenta estas aulas não é necessariamente fiel. “Hoje, é importante entender a estratégia de como fidelizar meu aluno ao ponto de ele ficar por muito mais tempo dentro daquele espaço. Acredito que a reinvenção das atividades deverá promover uma prática mais saudável visando o entretenimento”, afirma.
Tem sido comum o lançamento de produtos e aparelhos que possibilitam ao aluno uma aula mais dinâmica. Segundo Samara Queiroz, coordenadora técnica da Runner, em toda academia há a necessidade de inovação constante. “As pessoas querem novos desafios e formas de se exercitar. Usamos isso como motivação e retenção dos nossos alunos, mas não existe uma regra. A média de frequência neste tipo de aulas gira em torno de 30 alunos, o que caracterizamos como uma aula de sucesso”, explica.
Raul Chambinho, especialista em Gestão de Pessoas e formado em Educação Física, considera que a sociedade é altamente dinâmica e inovadora. “Por isso, os gestores que mantêm sempre o mesmo estilo de trabalho podem não conquistar um resultado tão satisfatório. Acredito que as academias podem oferecer diferentes formas de as pessoas alcançarem seus objetivos. Mas antes, é importante identificar se aqueles que procuram nossas academias querem apenas ficar “sarados”. Será que ninguém procura as academias pensando em socialização ou integração? É interessante pensar em ações que atinjam diversos públicos de diferentes maneiras”, explica.
No entanto, segundo Tiago Paçoca, para fidelizar os alunos não basta criar aulas que contemplem apenas aparelhos de última geração. “É importante que os gestores pensem em trabalhar também o lado social entendendo como funcionam as leis da diversão”, afirma. O recreador compreende que existem quatro leis que despertam o interesse das pessoas: a aventura, a vertigem, a competitividade e a fantasia.
“A aventura é algo que é o novo, ou seja, meu aluno se depara com uma aula inovadora que gera divertimento”, explica. A vertigem se refere ao desiquilíbrio emocional. “É aquele friozinho na barriga”, diz Paçoca. A competitividade, também conhecida como desafio, é a terceira lei da diversão. “O adulto tem por instinto a competição, porque sempre lida com a conquista de melhores relacionamentos sociais, negócios etc”. Por fim, na fantasia, trabalha-se com a imaginação das pessoas. “Que tal, por exemplo, ter em uma aula de bike um telão projetando um vídeo do caminho que eu estou percorrendo. É algo tão simples de fazer, mas não tenho encontrado isso nas academias”, afirma o recreador.
Paçoca acredita que as atividades circenses são hoje uma grande tendência dentro da atividade física. “Hoje, nosso grupo ‘Educação e Picadeiro’ é muito procurado, mas não aceitamos mais trabalho por falta de tempo. Então, meu conselho aos gestores de academia é que invistam em uma atividade recreativa, que todos os alunos possam frequentar e ter um resultado. Este é um grande negócio! É importante ter esta ideia de que a criação de novos produtos é a razão da sobrevivência das grandes academias”, conclui.
Esse ó o objetivo da FOUR SYSTEMS STUDIO criar um ambiente diferenciado para a prática da Atividade Física. Inici das Atividades em 12/03/2012.
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